ATA DA QUARTA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA TERCEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA LEGISLATURA, EM 27.6.1991.
Aos vinte e sete dias do mês de junho do ano de mil
novecentos e noventa e um reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio
Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Quarta Sessão
Extraordinária da Terceira Sessão Legislativa Ordinária da Décima Legislatura.
Aos quarenta e oito minutos foi realizada a chamada, sendo respondida pelos
Vereadores Adroaldo Correa, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, Clóvis Brum,
Clóvis Ilgenfritz, Cyro Martini, Décio Schauren, Dilamar Machado, Elói
Guimarães, Ervino Besson, Gert Schinke, Giovani Gregol, Isaac Ainhorn, Jaques
Machado, João Dib, João Motta, José Valdir, Lauro Hagemann, Leão de Medeiros,
Letícia Arruda, Luiz Braz, Mano José, Wilson Santos, Nelson Castan, Nereu
D’Ávila, Vicente Dutra, Vieira da Cunha e Wilton Araújo. Constatada a
existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Em
continuidade, o Senhor Presidente apregoou o Oficio nº 67/91, do Vice-Prefeito
Municipal de Porto Alegre, comunicando sua ausência no Município nos dias vinte
e sete e vinte e oito do corrente mês, para participar de conferência no Rio de Janeiro. Em PAUTA, Discussão
Preliminar, esteve, em 1ª Sessão, o Substitutivo n° 03/91, do Vereador Clóvis
Ilgenfritz, aposto ao Projeto de Lei do Legislativo n° 01/91 (Processo n°
003/91), tendo sido discutido pelos Vereadores João Dib, Wilton Araújo e Vieira
da Cunha. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Clóvis Ilgenfritz declarou ter
ocorrido, no encaminhamento do Processo nº 003/91, um “atropelo” do Regimento
Interno desta Casa, esclarecendo os posicionamentos assumidos pelo PT quanto a
esse Processo. À uma hora, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a
Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos
pelo Vereador Antonio Hohlfeldt e secretariados pelo Vereador Leão de Medeiros.
Do que eu, Leão de Medeiro, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente
Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e por mim.
O SR. PRESIDENTE
(Antonio Hohlfeldt): Damos por abertos os
trabalhos da presente Sessão Extraordinária.
Recebemos do Sr. Vice-Prefeito Tarso Genro ofício, onde coloca: “Nos
dias 27 e 28 de junho estarei ausente para cumprir agenda de conferências na
cidade do Rio de Janeiro; retornarei dia 28 às 12 horas”.
Em decorrência, portanto, da Licença do Prefeito Municipal votada no dia
de ontem por esta Casa, da ausência do Prefeito e do Vice-Prefeito, comunicamos
que o Ver. Omar Ferri tomará posse como Presidente da Casa no dia de hoje, ao
meio-dia e este Presidente tomará posse, como Prefeito, às 14 horas do dia de
hoje.
Passamos à
1ª SESSÃO
PROC. Nº 0003/91 – SUBSTITUTIVO Nº 03/91, de autoria do Ver. Clovis
Ilgenfritz, ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 001/91, de autoria do
Ver. João Dib, que estabelece a composição da despesa com pessoal, conforme o
disposto no art. 5°, § 1º, da Lei nº 6.611, de 06 de junho de 1990.
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. João Dib,
para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
o Substitutivo apresentado pelo Líder do Partido dos Trabalhadores – PT –
apenas discrimina o Substitutivo anterior, portanto eu peço e creio que todos
os Pares votarão no Substitutivo com suas Emendas, para mostrar que não há
nenhuma necessidade de personalizar. E espero que o Prefeito, Antonio
Hohlfeldt, até consiga sancionar essa Lei, que nós vamos pedir dispensa de
Redação Final. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Wilton
Araújo, para discutir a Pauta.
O SR. WILTON ARAÚJO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
o Substitutivo apresentado pela Bancada do PT, pelo seu Líder, tem realmente
nuances que devemos e estamos analisando, mas ainda prefiro, por ter analisado
detidamente, e tendo, no mérito, concordado com o Substitutivo do Ver. Wilson
Santos. É claro que suas Emendas vão melhorar seu Substitutivo. Por isso nós
ficamos recomendando que se vote no Substitutivo do Ver. Wilson Santos. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Pela ordem, a palavra com o Ver.
Vieira da Cunha, para discutir a Pauta.
O SR. VIEIRA DA CUNHA: Sr. Presidente e
Srs. Vereadores, este Substitutivo tem propósito claramente protelatório. No
mérito é inconstitucional. Pela sua rejeição. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Comunicação de Liderança com o
Ver. Clovis Ilgenfritz.
O SR. CLOVIS ILGENFRITZ: Sr. Presidente e
Srs. Vereadores, nobres visitantes que aguardam esta decisão. Nós usamos o
tempo de Liderança regimental. Começamos a aprender um pouco de como devemos
trabalhar dentro do Regimento e queríamos, mais uma vez, deixar claro aqui, na
nossa visão, de que houve - por decisão das Lideranças e depois pelo próprio
Plenário - um certo atropelo, que nós vamos contestar no devido momento, do
Regimento da Casa.
Mas eu não vou também tomar todo
o tempo. Vou apenas dizer que fizemos um esforço sobre-humano em respeito aos
Srs. Vereadores do Município de Porto Alegre, inclusive, fundamentalmente algum
ou o interesse direto dos funcionários públicos municipais e do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre.
Quando nós trouxemos aqui, eu fiz toda uma resenha e pronunciamento anterior
assim como os meus companheiros de Bancada, como o Ver. Lauro Hagemann, nos
pronunciamentos, mostrando a coerência da nossa proposta e a necessidade da
fixação de uma política salarial que tenha condições de ser cumprida pelo
Município. A necessidade da fixação de uma política que estabeleça critérios
capazes de realmente representar uma realidade da folha de pagamento e dos
gastos com pessoal. Queremos deixar muito claro, Srs. Vereadores, que nós não
vamos nos conformar com o que está acontecendo aqui, porque não houve a
tramitação que deveria haver. Um Vereador votou num dia que não existia mais, a
votação do dia 27 do Ver. Bosco ficou anotada por mais que quiséssemos entender
a Questão de Ordem colocada, foi respondida, mas não convence.
Eu pediria vênia para, no tempo
regimental, completar dizendo aos Srs. Vereadores que a responsabilidade
política nós vamos cobrar perante a população o ato que vai ser votado aqui,
agora. Nós vamos cobrar. Nós vamos explicar para a população porque que não vai
dar para fazer os investimentos que nós precisamos fazer. Aonde está indo o
dinheiro e quem decidiu isso açodadamente na madrugada. Como um ato político de
sustentação de pessoas que estão com outras intenções e que nós aqui não
queremos entrar no mérito. Até poderiam ter, mas não desta forma.
Então, o nosso protesto. O povo
de Porto Alegre, os próprios funcionários públicos julgarão o voto que nós
vamos dar aqui, agora. E eu tenho certeza de que a curto, a médio prazo, nós
vamos ter a razão, vamos ter o reconhecimento, porque nós temos feito um
esforço enorme para cumprir com os critérios que são importantes para que haja
uma justiça social na nossa Cidade. E isso é importante que se faça bem claro
aqui agora. A responsabilidade das Bancadas que estão se colocando pelo
Substitutivo nº 01, e a responsabilidade nossa, que estamos propondo o
Substitutivo nº 03, que traz inovações. E não venham dizer que não, porque não
disseram onde está o erro e por que está mal. Só disseram que se repete e não
provaram nada aqui. Essa discussão, portanto, não houve; estamos votando sem
uma discussão aprofundada de uma questão tão séria. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Estão encerrados os trabalhos da
presente Sessão Extraordinária.
(Levanta-se a Sessão às 01h01min.)
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